Os trabalhadores (as) do saneamento de São Paulo iniciaram uma greve à meia-noite e um minuto desta terça-feira (28) para chamar a atenção da população do estado contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM. A greve unificada reúne também metroviários, ferroviários, educadores do Estado e trabalhadoras e trabalhadores da Fundação Casa.
Projeto de Lei que tramita na Alesp quer entregar às mãos da iniciativa privada a Sabesp. “Uma empresa lucrativa, bem avaliada, que presta um serviço de excelência com tarifas justas. O governador Tarcísio quer tornar deficitária essa empresa. Não podemos deixar que a Sabesp vire uma nova Enel”, afirmou a direção do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo)
Em plebiscito organizado pelas categorias que reuniu quase um milhão de votos, a população mostrou que 99% dos votantes são CONTRA as privatizações.
“Se Privatizar, Sua Conta Vai aumentar”: baixe aqui cartilha da campanha contra a privatização da Sabesp
A “Greve Unificada desta terça não é só sobre a defesa das categorias, mas em defesa do SERVIÇO PÚBLICO!”, afirma, em nota, o Sindicato dos Metroviários de SP.
“O governador Tarcísio acelerou o processo de privatização. No Metrô e na Fundação Casa, através dos editais de terceirização; na Sabesp, com envio do projeto de lei que tramita em caráter de urgência na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Enquanto isso, na educação, impõe um corte de 10 bilhões”, afirma, em nota, a entidade representativa dos metroviários, que prossegue:
“O autoritarismo de Tarcísio está na recusa de ouvir a população e na perseguição ao que lutam. Na última greve, ele impôs multas milionárias ao Sindicato e trabalhadores foram demitidos por lutarem. Tarcísio tem uma postura antissindical, tenta silenciar quem diverge dos seus planos.”
A presidente do sindicato dos metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, classificou como “assédio moral coletivo” o plano apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para identificar os grevistas. O governador também disse que a paralisação não impedirá o governo de continuar o plano de privatizações.
A presidente do sindicato dos metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, classificou como “assédio moral coletivo” o plano apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para identificar os grevistas. O governador também disse que a paralisação não impedirá o governo de continuar o plano de privatizações.
“A maioria da Assembleia Legislativa e o governador bolsonarista acharam que iam entregar a Sabesp sem ter resistência popular”, afirmou o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim. “Pois aqui está a demonstração de que o povo de São Paulo, os movimentos sociais, a sociedade organizada não aceitam esse processo de destruição dos serviços públicos no estado.”
“Vamos tentar fazer o máximo de obstrução”, lembrou a deputada Professora Bebel (PT). Ela citou também a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 9, que “flexibiliza” recursos da educação no estado, podendo reduzir em orçamento para o setor em 5%, ou algo próximo dos R$ 10 bilhões, segundo parlamentares.
O projeto está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia e foi incluído na pauta de amanhã (29). O relator é o deputado Carlos Cezar (PL). O passo seguinte é a votação em plenário.
O deputado federal e presidente do Diretório Estadual do PT-SP, Kiko Celeguim, afirmou que a tentativa de privatizar a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), bandeira do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrenta forte resistência entre os moradores da capital e da Grande São Paulo. E terá forte oposição da bancada de 18 deputados estaduais do PT na Assembleia Legislativa do estado.
Celeguim lembrou que é justamente na capital e na Grande São Paulo que a empresa tem a sua maior atuação, e que lá Freitas teve menos votos que Fernando Haddad nas eleições do ano passado.
“O que ele esqueceu é que, onde a Sabesp atua com maior robustez, ele perdeu a eleição”, ressaltou o parlamentar.
Já o deputado estadual Paulo Fiorilo (PT) destacou “a intransigência do governador Tarcísio, que mais uma vez não aceitou a proposta dos metroviários de liberar as catracas. A manifestação é contra a privatização da Sabesp, água não é mercadoria. Não queremos outra Enel”.
O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), por sua vez, enfatizou que “vários trabalhadores se uniram para lutar contra a sanha entreguista do governador Tarcísio. A tentativa de venda da Sabesp, da CPTM e do metrô é criminosa e pode significar a paralização total da cidade.”
Finalmente, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) declarou “total apoio” aos trabalhadores em greve. “A ganância da privatização precariza os serviços públicos e prejudica diretamente a população que mais precisa”, resumiu o parlamentar.
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