O Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo está lançando uma cartilha para informar a todos sobre as reais consequências e interesses envolvidos no projeto do governador Tarcísio de Freitas de privatizar a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de S. Paulo).
Com o título “Se Privatizar, a Conta Vai Aumentar”, o material traz informações e análises técnicas compiladas por parlamentares do PT Paulista e indica como cada cidadão pode ajudar a impedir a entrega da companhia ao capital e interesses privados.
Para acessar a cartilha, clique aqui
A cartilha aponta, por exemplo, que a Sabesp é uma empresa eficiente, que presta serviço público e dá lucro. A companhia obteve, em 2022, lucro de R$ 3,12 bilhões, resultado 35,4% superior aos R$ 2,3 bilhões registrados no ano anterior.
Neste ano, os resultados positivos continuam. No primeiro trimestre, a empresa registrou lucro líquido de R$ 747,2 milhões. No segundo trimestre, foram mais R$ 743,7 milhões, alta de 76,1% contra o mesmo período de 2022, conforme balanço divulgado ao mercado.
Também se explica que a tarifa da água não vai baixar com a privatização
Estudo do IFC (braço do Banco Mundial contratado pelo estado para modelar a privatização), deixa claro que a venda em si da Sabesp não viabilizará a redução das tarifas. Isso só ocorrerá se o recurso com a venda de ações for usado no abatimento da tarifa.
Leia mais: Promessa de redução da tarifa da água com privatização da Sabesp é vazia, mostra especialista
Quer dizer: para baixar a tarifa, seria necessário que o Estado gastasse o dinheiro que arrecadaria com a venda de seu patrimônio. Além disso, ainda que o governo utilizasse os recursos oriundos da venda da empresa para reduzir a conta de água, isso só poderia ser feito uma única vez, não sendo sustentável economicamente ao longo do tempo, caracterizando mera manobra eleitoreira do governador, com efeito temporário no preço das tarifas. Seria como vender a sua própria casa e utilizar o dinheiro da venda para pagar o aluguel.
A cartilha explica ainda como o governo estadual prepara milhares de demissões para atender interesses de fundos de investimento que possam vir a comprar a estatal e como o atendimento ao cidadão vai piorar, com fechamento de agências, se a privatização se concretizar.
Finalmente, o material explica também como cada cidadão pode ajudar a impedir a venda da sua companhia de saneamento, seja por meio da transmissão das informações corretas a respeito do projeto privatista, seja por meio da participação em audiências públicas, assinando o abaixo-assinado que pede um plebiscito sobre o assunto ou ainda participando das audiências públicas que ainda serão realizadas na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) e em câmaras municipais espalhadas pelo estado.