O ministro da Casa Civil, Rui Costa, coordenador do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentou em detalhes as obras previstas no plano de investimento federal na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, na última quarta-feira (23).
De acordo com ele, a governança voltou ao país, que passa a ter planejamento, projeção de futuro e políticas públicas capazes de responder às demandas da população e promover a capacidade de crescimento do Brasil.
“Ao sentar na cadeira de ministro da Casa Civil, uma convicção tomou materialidade: o Brasil estava sem governança, sem gestão, sem perspectiva”, avaliou. O ministro afirmou que em um período curto, o governo do presidente Lula restabeleceu políticas e reconstruiu bases para necessárias mudanças. “Retomamos os principais projetos que alicerçam esse governo e, durante esse período, reconstruímos um plano de investimentos para alavancar emprego, renda e para promover o avanço econômico e social do nosso país.
“Todo o trabalho foi realizado à luz do respeito ao pacto federativo”, disse o ministro ao citar que todos os governadores foram ouvidos por pelo menos quatro vezes na construção do Novo PAC. Ele adiantou que a partir de setembro os prefeitos também serão ouvidos.
O petista destacou, por fim, três grandes leilões de linhas de transmissão, o primeiro já realizado no final de junho (com cerca de 6.184 quilômetros de redes, em sete estados) e outros dois que acontecem em novembro deste ano e março de 2024. Foram priorizados na carteira de investimentos, projetos com “efeito multiplicador”, segundo Rui Costa.
“Em seu conjunto, as linhas devem somar um investimento de cerca de R$ 30 bilhões. Mas, além disso, destravam financiamentos que já estão com contrato, licenciados, prontos para iniciar, da ordem de R$ 150 bilhões”, indicou.
Costa destacou ainda as diferenças deste Novo PAC em relação às primeiras versões do programa. “O que diferencia este PAC dos demais é, primeiro, a visão de país que queremos ser. Estamos mirando um horizonte em que o Brasil desponte para a transição ecológica, a transição energética. Segundo, os anteriores tiveram o investimento público como base e, neste, nós projetamos numa base de investimento privado. A prioridade absoluta é a atração de investimento privado”, reafirmou.
No mesmo sentido, o presidente da Febraban, Isaac Sidney Ferreira, avaliou que a parceria entre o setor público e o privado potencializa êxitos para ambos. “Isso é algo que nós enaltecemos bastante e acreditamos que o setor bancário terá capacidade de contribuir com relevância”. O representante do setor bancário lembrou que os bancos investiram cerca de R$ 15 trilhões, nos últimos anos, em concessões de crédito, inclusive no período da pandemia, “o que significa dizer que temos toda disposição para alavancar o desenvolvimento da economia”.
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