“Chamar-me-iam subversivo.
E lhes direi: eu o sou.
Por meu povo em luta, vivo.
Com meu povo em marcha, vou.
Tenho fé de guerrilheiro
e amor de revolução.
E entre Evangelho e Canção
sofro e digo o que quero.
Se escandalizo, primeiro
queimei meu próprio coração
no fogo desta Paixão,
cruz de seu próprio madeiro”
Dia 8 de agosto ficará marcado para um dia duplamente triste. Nosso país atingiu a triste marca de 100 mil mortos pelo COVID 19. A cada dia o desgoverno Bolsonaro cobra sua altíssima fatura. E perdemos também uma das pessoas mais importante de nossa história recente: Dom Pedro Casaldáliga
Nascido na Catalunha dos anos 1920, desde 26 de janeiro de 1968 se tornou brasileiro e latino americano, escolhendo a América do Sul como seu lugar de missão. Devotou sua vida às nossas lutas e viveu de forma simples em meio ao povo simples. Ao denunciar a escravidão e o latifúndio, se recusou a celebrar nas fazendas para ser “povo no meio do povo”. Defendeu os índios, denunciou as ditaduras, lutou pela reforma agrária, pela causa dos negros e das mulheres. Expoente máximo da Teologia da Libertação, defendeu a democracia em toda a Pátria Grande latino-americana.
Bispo e poeta, Dom Pedro se tornou um problema para o governo militar dos anos 70. Suas corajosas denúncias ecoavam para além de nossas fronteiras. Durante a ditadura militar, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e foi ameaçado de ser extraditado: “tocar em Dom Pedro Casaldáliga é tocar no próprio Papa!”, avisou Dom Paulo Evaristo Arns ao general de plantão.
O Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo está de luto. Choramos a morte de 100 mil brasileiros e fazemos memória desse grande companheiro que fará muita falta em nossas lutas!
Dom Pedro Casaldáliga, presente! Agora e sempre!
Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo
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