- Evolução recente dos dados do estado
No dia 12 de julho, o estado de São Paulo registrou 371.997 casos de coronavírus e 17.848 óbitos, desde o início da pandemia. A Capital continua concentrando a maior parte dos casos e óbitos, sendo 152.806 casos acumulados e 8.212 óbitos, equivalente à 41% e 46% do total do estado, respectivamente. Essa participação, contudo, vêm sendo reduzida, à medida que os casos na capital desaceleram em comparação com outras regiões mais críticas do estado, hoje o principal foco do vírus no estado está no interior. Após a capital, a macrorregião1 que tem maior número de casos confirmados é a região de Campinas, com 34.314, devido à rápida e preocupante aceleração dos casos após a precoce reabertura das cidades da região no mês passado. Com relação aos óbitos, após a capital, a macrorregião com maior número de óbitos acumulados é a de Osasco, com 1.756 casos fatais de coronavírus confirmadas. Com relação à letalidade, a pior taxa do estado é observada na região de Guarulhos, quase em 9%.
Figura 1: Distribuição dos casos no estado
Fonte: Seade, elaboração própria
Na última semana, foram registrados 51.818 novos casos e 1.770 novos óbitos. Embora os novos casos na semana tenham caído em relação à semana anterior (em torno de 3%), os novos óbitos aumentaram, acima de 10%. Em seguida da Capital, as macrorregiões de Campinas e Ribeirão Preto apresentaram os maiores registros de casos novos, 8.228 e 4.319, respectivamente. Com relação aos óbitos, em seguida da Capital, as taxas mais graves do estado estão em Campinas, com novos 233 óbitos e Guarulhos, com 143 na semana.
Figura 2: Novos casos confirmados por macrorregião de 05/07/2020 a 12/07/2020
Fonte: Seade, elaboração própria
Figura 3: Novos óbitos por coronavírus por macrorregião de 05/07/2020 a 12/07/2020
Fonte: Seade, elaboração própria
Apenas um quinto dos Departamentos Regionais de Saúde do Estado de São Paulo apresentaram redução no número de internações na última semana. O maior aumento em internações foi observado na região de Araçatuba, com uma alta de quase 50% do número de internações por suspeita ou confirmação de covid-19.
- Reabertura
Com relação à reabertura, apenas 17% da população do estado ainda está em fases de restrições mais duras, compreendendo as regiões de Campinas, Ribeirão Preto, Franca e Araçatuba. Em torno de metade da população está na fase amarela – a mais branda -, incluindo a capital, em que é permitida a abertura de bares, restaurantes, parques e academias. Os parques da capital foram reabertos nessa segunda feira, 13, com lotação controlada.
Figura 4: Panorama da reabertura do estado (em 10/07)
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo e Governo do Estado de São Paulo
- Destaques da semana
Novas datas de vestibulares: principais vestibulares para ingresso em universidades no estado adiam suas provas. A Unicamp terá sua primeira fase nos dias 6 e 7 de janeiro e segunda fase em 7 e 8 de fevereiro. A Fuvest (USP) realizará sua primeira fase no dia 10 de janeiro e segunda fase nos dias 21 e 22 de fevereiro. A primeira fase da Unesp será nos dias 30 e 31 de janeiro e a segunda no dia 28 de fevereiro. Por fim, o Enem, será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro.
Superlotação de UTIs no interior: Na última sexta feira, 10, Ribeirão Preto tinha mais de 99% dos leitos de UTI ocupados. O Hospital das Clínicas, referência em tratamento para a região, estava com mais de 100% de sua capacidade ocupada. Campinas estava com aproximadamente 90% dos leitos de UTI ocupados; considerando apenas os leitos públicos (SUS), a taxa é de 95%.
Retomada na Educação: O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares anunciou que cursos livres, técnicos e profissionalizantes também poderão voltar presencialmente, atendendo aos mesmos critérios sanitários estabelecidos para a educação infantil, ensino médio e universidades, com limitação de 35% da capacidade total de estudantes. A instituição precisa estar em uma cidade que esteja na fase amarela da quarentena por pelo menos 14 dias, priorizando o retorno dos que estão mais próximos da conclusão.
1) As macrorregiões referidas no texto são as divisões regionais politicas do Partido, que não são exatamente coincidentes com as divisões das regiões administrativas do Estado.
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