Obra do governador pode sacrificar rio, meio ambiente e economia da Baixada Santista.
A defesa do Rio Itapanhaú levará à Assembleia Legislativa de SP, ambientalistas, integrantes do Ministério Público, Defensoria Pública e representantes do Movimento Popular Salve o Rio Itapanhaú, de Bertioga, para participar da Audiência pública, na próxima terça- feira 8/5, a partir das 10h.
O Rio Itapanhaú nasce em Biritiba Mirim, na região da Serra do Mar, encontra o Oceano Atlântico por intermédio do Canal de Bertioga, percorrendo 40 quilômetros de ecossistemas frágeis como a mata atlântica, a mata paludosa, a mata alta de restinga e manguezais, além de impactar no fornecimento de água para a região da Baixada. A população desses locais rejeita a transposição, o que intensifica cada vez mais o debate sobre o tema e a luta por cessar as etapas para realização da obra.
Também foram convidados para a audiência pública da Assembleia Legislativa representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da Companhia do Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Estão confirmadas as presenças de Almachia Zwarg, da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente do Litoral paulista e Fabrício Gandini, do Instituto Maramar.
A iniciativa para o debate na Alesp é dos deputados do PT, Ana do Carmo, Alencar Santana Braga e Luiz Turco que acompanham a luta do Movimento Popular Salve o Rio Itapanhaú.
A resistência e articulações contra transposição também contam com apoio e participação da líder da Bancada do PT, deputada estadual Beth Sahão, e Luiz Fernando Teixeira, primeiro secretário da Assembleia Legislativa.
Histórico e ameaça: Governo do Estado quer extrair dois terços das águas Rio Itapanhaú
Depois do Tribunal de Justiça de São Paulo derrubar liminar que proibia início das obras de transposição do Rio Itapanhaú, o Governo do Estado intensificou a pressão pela obra. Se ação for concretizada, podem ser retirados dois terços de água do rio, 2,5 de m³ por dia, ameaçando matas nativas, prejudicando população ribeirinha e tornando a vida pior para a população da Baixada Santista.
O ex-governador Geraldo Alckmin, defensor da obra, usou como justificativa a falta d’ água pela qual passou o Estado de São Paulo no período 2014-2016, que marcou negativamente sua gestão.
A transposição poderá retirar do rio um volume de até 216 milhões de litros por dia, o que corresponde a 10% de sua vazão, o governo pretende fazer isso sem que tenham sidos realizados estudos de impacto ambiental aprofundados, o que tem gerado críticas de entidades ambientais.
AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER TRANSPOSIÇÃO DO RIO ITAPANHAÚ
Onde: Assembleia Legislativa do Estado de SP – Auditório Teotônio Vilela
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, 201
Data: 8 de maio
Horário: 10h
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