A mulher mais jovem da capital a ocupar o cargo de presidenta do diretório zonal de Santana.
Como foi a sua trajetória na política ate aqui?
Bom, eu comecei a minha militância no fim do Ensino Médio, quando conheci o movimento feminista na escola e assim eu e algumas amigas do bairro e região nos juntávamos pra discutir todo fim de semana algumas demandas para as mulheres de nossa região. Depois de formada, retornei a minha escola para ocupá-la e ali comecei a conhecer diversas pessoas do PT que estavam nos ajudando nesse processo. No ano de 2015 entrei na PUC-SP pelo ProUni e comecei a militar no movimento estudantil universitário, com uma militância em defesa dos estudantes bolsistas e pelas melhorias de nossa permanência, fui eleita presidenta do Centro Acadêmico de Relações Internacionais no ano de 2017 e no mesmo ano me tornei secretária-geral da UEE-SP (União Estadual dos Estudantes). E nesse ano de 2019 fui eleita para ocupar a Diretoria LGBT da UNE (União Nacional dos Estudantes). Me filiei no PT no ano de 2016, e também esse ano, fui eleita Presidenta do Diretório Zonal de Santana, no último PED.
Como é ser a mulher mais jovem da capital a ocupar o cargo de presidenta do PT?
Mais do que a responsabilidade que eu carrego por representar tantas outras mulheres jovens, muito me felicita o compromisso do PT em renovar seus quadros e apontar para o futuro que nós queremos com jovens e mulheres ocupando os espaços de poder.
Qual a sua expectativa na direção do diretório zonal de Santana?
Iniciei minha militância junto com algumas amigas pensando a vida das mulheres na nossa região e desde então nunca abandonei a construção da Zona Norte como central em minha vida e militância. Nossa região carece de muita política pública, e todas as que efetivamente mudaram a vida das pessoas foram construídas pelos governos petistas, e essa marca precisa estar esclarecida para a população. Nesse último mandato acompanhei uma movimentação muito importante que era realizada semanalmente no Terminal de Santana em defesa da liberdade do Presidente Lula e esse diálogo com a população precisa ser tarefa central da nossa militância. Para, além disso, precisamos mostrar ao povo, aos jovens, aos estudantes, aos e as trabalhadoras, as negras e negros, as mulheres, a população LGBT, que a construção do PT é uma responsabilidade coletiva e que se filiar nesse momento é fundamental, então as expectativas são altíssimas em conseguir ampliar também a construção do nosso partido na região.
Como a sua experiência na juventude contribui para a maior aproximação de jovens na política?
O jovem de hoje não se vê na maioria das vezes representado por aqueles que estão no poder e buscam alternativas aos problemas que encontram. Mostrar que existem jovens como eu construindo o dia-a-dia do PT e da política, faz com que outros tantos jovens se identifiquem e se disponham a construir conosco o nosso partido. Os jovens são muito sonhadores, e aqui estou falando de mim mesma também, e quanto mais jovens se encontram para sonhar juntos, mais avançamos construindo os caminhos necessários para alcançar aquilo que almejamos.
Qual a importância da diversidade e da inclusão dentro do PT?
Acho que aqui não se trata de importância, e sim de responsabilidade. Nós somos um partido de massas, dos trabalhadores e das trabalhadoras, portanto, precisamos ter pessoas diversas para representar o partido que nós queremos, e também a sociedade que nós buscamos construir, que é plural, com diversas perspectivas e ideias e que está se transformando todo dia.
Qual o caminho que a juventude tem que tomar com o PSDB comandando da cidade e do estado?
O PSDB nunca priorizou a juventude, nos últimos 20 anos de governos tucanos o que nós vemos é um massacre da população negra e especialmente jovem, além de políticas públicas que ferem especialmente a vida do jovem como a redução do passe livre estudantil ou ainda a falta de políticas que pensem lazer, cultura, esporte e emprego para os jovens no município e estado. Com esses desafios que estão colocados pelos governos do PSDB, nós da juventude precisamos organizar nos nossos bairros as alternativas necessárias para enfrentar esse governo apontando seus erros e construindo as nossas alternativas a partir da perspectiva de cidade que nós já temos.
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